quarta-feira, fevereiro 10, 2016

AVENTURA SUL - COTOVELO, PIRANGI E BÚZIOS

A última aventura tinha sido finalizada na Barreira do Inferno, agora, vamos seguir até Barra de Tabatinga, passando por Cotovelo, Pirangi do Norte e Sul, Búzios e Rio Doce.
Na primeira fase o ponto de apoio foi uma casa alugada, junto com familiares, próxima à praia, em um local logo após a Barreira do Inferno. De lá foi possível chegar até a Barreira passando por falésias e dunas com vegetação. Uma verdadeira trilha. Do ponto final dava para observar as instalações da Barreira incluindo os pontos de lançamentos. Tudo devidamente camuflado por entre vegetações de dunas. A caminhada nesta direção era devidamente compensada pelo visual da praia, das falésias e das dunas cobertas de vegetação (arbustos e árvores). Essa área não apresentava potencial para o surf e sandboard, mas para trilhas e caminhadas sim, era simplesmente fantástica, já que na época, final da década de 90, o lugar não era tão valorizado e visitado como é hoje. A segurança também era bem diferente de hoje, pois atualmente existe alto risco de assaltos ou coisa pior, sem contar a fiscalização dos soldados da Barreira do Inferno, que hoje deve ser muito mais intensa.
Para o outro lado, sentido Pirangi, também foram possíveis caminhadas e corridas. Às vezes, acompanhado de alguns familiares. Era época de carnaval e aproveitávamos, antes da volta, para curtir um pouco o visual do famoso carnaval de Pirangi – para mim desastroso pela desordem, bebedeira e o uso de drogas observados. Nestas caminhadas passávamos por Cotovelo, aí sim, com potencial para o surf.
Cotovelo já era conhecida por mim, pois fui várias vezes de carro com colegas para pegar ondas, tanto na própria praia como num pico anterior. O point em Cotovelo não apresenta ondas de muita qualidade, embora num mar clássico pudesse surpreender. Mas num pico anterior pude pegar altas ondas no início da década de oitenta. Havia um point posterior ao pontal da praia e de difícil acesso, pois só se chegava lá com a maré seca ou entrando em uma propriedade particular. Tinha potencial para ondas, mas fui conhecê-lo velejando de hobby cat com colegas.
Tanto Pirangi do Norte como Pirangi do Sul conheci-as velejando, primeiramente de Windsurf, depois de Laser e Hobby cat. Podíamos deixar os barcos desmontados na beira da praia sem nenhum problema ou irmos até os parrachos (corais próximo ao litoral) sem ninguém além de nós. Hoje isso já não é possível. Se quiser saber mais sobre aventuras com windsurfe, laser e hobby cat pesquise no blog posts já publicados sobre estes esportes. Já para o surf e sandboard as praias não apresentam potencial para isso, na verdade, quando ia para aqueles lados atrás de surf, já me destinava à Tabatinga.
Para o trecho de Pirangi do Sul à Búzios o ponto de apoio foi uma casa próximo às dunas na praia de Búzios, o que possibilitava muitos drops com o sandboard. Na época, início da década de oitenta, ainda era possível fazer drops e caminhadas pelas dunas ainda desertas de Búzios. De lá também é possível caminhar, de um lado até o rio em Pirangi do Sul, e do outro, até Tabatinga, passando pela praia de Rio Doce. Tive informações que havia ondas no encontro do rio em Pirangi do Sul com o mar, mas nas poucas vezes que passei por lá, seja velejando ou caminhando, só presenciei merrecas (ondas pequenas e sem força), sem contar a poluição das águas do rio, o que afastava qualquer intenção de encarar o surf por lá.
Uma coisa boa nestas férias passadas nessa praia (Búzios) foi observar o céu à noite nas dunas. O silêncio, quebrado apenas pelos sons da natureza, era incrível, assim como a observação das estrelas, constelações e da Lua em sua fase cheia. E tudo isso tendo como pano de fundo o oceano. Em dias de Lua cheia também era possível dropar as dunas com o sandboard. Natureza, sossego, aventura e muita adrenalina.
Foi possível fazer caminhadas também na direção de Tabatinga passando por Rio Doce. Em Rio Doce, apesar de ser um pico bem falado pela galera do surf, só surfei uma vez e já voltando de Tabatinga com colegas. As ondas não estavam de gala, mas deu para curtir ondas bem cavadas e com bastante força. No dia não tinha muita correnteza, um problema muito frequente neste pico, que vez por outra leva muitos surfistas ao sufoco.
Abaixo temos algumas fotos, referentes ao atual trecho, tiradas recentemente durante uma trip realizada com a minha XLR 125. Vale a pena conferir também a imagem, obtida a partir do Google Earth, do trecho percorrido.

Finalizando esse trecho teremos Barra de Tabatinga, mas essa praia será assunto para o próximo post sobre aventuras.

Clique para ampliar.

      
PIRANGI

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