A última aventura tinha sido
finalizada na Barreira do Inferno, agora, vamos seguir até Barra de Tabatinga,
passando por Cotovelo, Pirangi do Norte e Sul, Búzios e Rio Doce.
Na primeira fase o ponto de apoio
foi uma casa alugada, junto com familiares, próxima à praia, em um local logo
após a Barreira do Inferno. De lá foi possível chegar até a Barreira passando
por falésias e dunas com vegetação. Uma verdadeira trilha. Do ponto final dava
para observar as instalações da Barreira incluindo os pontos de lançamentos.
Tudo devidamente camuflado por entre vegetações de dunas. A caminhada nesta
direção era devidamente compensada pelo visual da praia, das falésias e das
dunas cobertas de vegetação (arbustos e árvores). Essa área não apresentava
potencial para o surf e sandboard, mas para trilhas e caminhadas sim, era
simplesmente fantástica, já que na época, final da década de 90, o lugar não
era tão valorizado e visitado como é hoje. A segurança também era bem diferente
de hoje, pois atualmente existe alto risco de assaltos ou coisa pior, sem
contar a fiscalização dos soldados da Barreira do Inferno, que hoje deve ser
muito mais intensa.
Para o outro lado, sentido
Pirangi, também foram possíveis caminhadas e corridas. Às vezes, acompanhado de
alguns familiares. Era época de carnaval e aproveitávamos, antes da volta, para
curtir um pouco o visual do famoso carnaval de Pirangi – para mim desastroso
pela desordem, bebedeira e o uso de drogas observados. Nestas caminhadas
passávamos por Cotovelo, aí sim, com potencial para o surf.
Cotovelo já era conhecida por
mim, pois fui várias vezes de carro com colegas para pegar ondas, tanto na
própria praia como num pico anterior. O point em Cotovelo não apresenta ondas
de muita qualidade, embora num mar clássico pudesse surpreender. Mas num pico
anterior pude pegar altas ondas no início da década de oitenta. Havia um point
posterior ao pontal da praia e de difícil acesso, pois só se chegava lá com a
maré seca ou entrando em uma propriedade particular. Tinha potencial para
ondas, mas fui conhecê-lo velejando de hobby cat com colegas.
Tanto Pirangi do Norte como
Pirangi do Sul conheci-as velejando, primeiramente de Windsurf, depois de Laser
e Hobby cat. Podíamos deixar os barcos desmontados na beira da praia sem nenhum
problema ou irmos até os parrachos (corais próximo ao litoral) sem ninguém além
de nós. Hoje isso já não é possível. Se quiser saber mais sobre aventuras com windsurfe,
laser e hobby cat pesquise no blog posts já
publicados sobre estes esportes. Já para o surf e
sandboard as praias não apresentam potencial para isso, na verdade, quando ia
para aqueles lados atrás de surf, já me destinava à Tabatinga.
Para o trecho de Pirangi do Sul à
Búzios o ponto de apoio foi uma casa próximo às dunas na praia de Búzios, o que
possibilitava muitos drops com o sandboard. Na época, início da década de
oitenta, ainda era possível fazer drops e caminhadas pelas dunas ainda desertas
de Búzios. De lá também é possível caminhar, de um lado até o rio em Pirangi do
Sul, e do outro, até Tabatinga, passando pela praia de Rio Doce. Tive
informações que havia ondas no encontro do rio em Pirangi do Sul com o mar, mas
nas poucas vezes que passei por lá, seja velejando ou caminhando, só presenciei
merrecas (ondas pequenas e sem força), sem contar a poluição das águas do rio,
o que afastava qualquer intenção de encarar o surf por lá.
Uma coisa boa nestas férias
passadas nessa praia (Búzios) foi observar o céu à noite nas dunas. O silêncio,
quebrado apenas pelos sons da natureza, era incrível, assim como a observação
das estrelas, constelações e da Lua em sua fase cheia. E tudo isso tendo como
pano de fundo o oceano. Em dias de Lua cheia também era possível dropar as
dunas com o sandboard. Natureza, sossego, aventura e muita adrenalina.
Foi possível fazer caminhadas
também na direção de Tabatinga passando por Rio Doce. Em Rio Doce, apesar de
ser um pico bem falado pela galera do surf, só surfei uma vez e já voltando de
Tabatinga com colegas. As ondas não estavam de gala, mas deu para curtir ondas
bem cavadas e com bastante força. No dia não tinha muita correnteza, um problema
muito frequente neste pico, que vez por outra leva muitos surfistas ao sufoco.
Abaixo temos algumas fotos, referentes
ao atual trecho, tiradas recentemente durante uma trip realizada com a minha
XLR 125. Vale a pena conferir também a imagem, obtida a partir do Google Earth,
do trecho percorrido.
Finalizando esse trecho teremos
Barra de Tabatinga, mas essa praia será assunto para o próximo post sobre
aventuras.
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| PIRANGI |


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