Muito se tem falado sobre a poluição do rio Potengi, mas infelizmente pouco se faz para reverter a situação triste em que ele se encontra. Alguns anos atrás ( 1980 até 1985 mais ou menos ), quando ainda velejava de windsurf, costumava passear pelo rio e fugia da frente do Iate Club na maré seca, pois a fedentina era terrível. Os esgotos e a sujeira já eram jogados sem nenhum tratamento no berço da cidade, sim pois podemos dizer que Natal nasceu nas margens deste rio. Naquele tempo ainda não havia fazendas de camarão e o grande números de edifícios jogando detritos e esgotos sem nenhum tratamento nas suas águas. A situação hoje é muito pior. Para se ter uma ideia, um edifício com vinte andares tem que chamar o caminhão limpa fossa uma vez por semana, multiplique isto pelo número de prédios da capital ainda sem saneamento e teremos o quadro triste da nossa cidade governada pelos verdes, imaginem se fossem pelos pretos. E para onde vai todo esse poluente? Algumas empresas dizem que levam para uma estação própria de tratamento, no entanto algumas já foram flagradas jogando-os diretamente no rio. Fiscalização de órgãos oficiais se existem, não mostram resultados e, infelizmente, o rio agoniza. Se antes ainda dava para velejar e participar de regatas, principalmente na maré cheia, hoje é um risco para a saúde. Não é só a poluição da capital que emporcalha as águas do rio, mas também a poluição das cidades por onde ele e seus afluentes passam ( Cerro-Corá, São Tomé, São Paulo do Potengi, Ielmo Marinho, Macaíba e São Gonçalo do Amarante ), já que na maioria destas cidades não existe saneamento nem aterros sanitários adequados. Uma estação de tratamento construída recentemente (do Baldo) promete melhorar, quando funcionar completamente, será??? Para saber mais sobre a poluição do rio clique aqui e aqui.
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Velejando no rio Potengi. |
Esgoto sendo jogado no rio Potengi. Foto: Emanuel Amaral, da Tribuna do Norte |
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