Nas aventuras pelo litoral do estado envolvendo caminhadas e
viagens com a velha companheira de 17 anos – a XLR 125 – tínhamos encerrado a
última na praia de Tabatinga. Nesta, o ponto de apoio foi na praia de Barreta e,
partindo de lá, caminhando para o norte, chegamos à Tabatinga passando por
Camurupim e para o sul à Tibau do do Sul passando por Malembá. Este trecho do
litoral indo de Tabatinga à Tibau do Sul possui arrecifes que barram as ondas
proporcionando águas calmas para se tomar banho e nadar. Uma maravilha para
quem quer tranquilidade.
A praia de Barreta já era conhecida por mim, pois fui, em
anos anteriores, atrás das suas dunas para explorá-las. Nesta aventura fiquei
em uma casa alugada para os meses de janeiro e fevereiro de 2017 e de lá dei
seguimento as minhas caminhadas, primeiro para Tabatinga e, na sequência, para
Tibau do Sul.
Para Tabatinga saí de casa por volta das sete da manhã
quando a maré estava secando. Com a maré cheia teria dificuldades em alguns
trechos, pois o mar avançou muito, mesmo com a proteção dos arrecifes, e se
choca com as muradas de pedras de algumas casas que teimam em vencer a
natureza. A caminhada é tranquila tendo como companhia constante os arrecifes,
algumas vezes com pequenas quantidades de lâmina de água. Tem um ponto
explorado turisticamente neste trecho que é a Pedra Ôca (ver imagem no álbum).
Simplesmente um trecho de arrecife que foi escavado pela força da maré formando
algo parecido com uma caverna, só visível e visitável quando a maré está seca
ou próxima disso. No decorrer da caminhada muitas casas de praias, a maioria
fechada, algumas já derrubadas pelo avanço do mar, e nada de dunas ou região
com vegetação dunar que pudessem ser exploradas, embora tivesse por trás da
faixa litorânea, distante da praia densamente povoada de residências, resorts e
bares, restos de mata atlântica visível.
A parte mais interessante é justamente quando se chega ao trecho de falésias de
Tabatinga, mas mesmo aí, quando verificamos o extremo da falésia tomado por
habitações jogando lixo e esgoto diretamente no mar, a tristeza nos abate, apesar
de saber que o mar um dia os expulsará derrubando suas construções. Estando a
maré ainda cheia não será possível dar a volta no extremo da falésia de
Tabatinga, pois as ondas ficam quebrando sobre as pedras e a caminhada se torna
perigosa, mas, estando seca, é possível chegar até o início da praia de
Tabatinga onde o surf é praticado. Nas três vezes que fui para lá partindo de
Barreta o mar estava muito balançado e sem ondas de qualidade. O trecho de
caminhada tem cerca de sete quilômetros e o extremo, marcando o início da
falésia tem uma formação rochosa que chama a atenção por se parecer com um
gorila, na minha percepção claro! Apesar de trechos que possibilitam banhos
agradáveis, pois não têm ondas nem correnteza, gostei mais do lado de Tibau de
Sul devido às dunas e regiões ainda sem habitações e aglomerados humanos. A
caminhada para o lado de Tibau de Sul será assunto do próximo post sobre
aventuras.
O álbum abaixo mostra imagens do trecho caminhado,
da Pedra Ôca e da Pedra Gorila citados no texto, bem como uma imagem do Google
Earth mostrando a trajetória percorrida.
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