quarta-feira, março 01, 2017

AVENTURA SUL - BARRETA

Nas aventuras pelo litoral do estado envolvendo caminhadas e viagens com a velha companheira de 17 anos – a XLR 125 – tínhamos encerrado a última na praia de Tabatinga. Nesta, o ponto de apoio foi na praia de Barreta e, partindo de lá, caminhando para o norte, chegamos à Tabatinga passando por Camurupim e para o sul à Tibau do do Sul passando por Malembá. Este trecho do litoral indo de Tabatinga à Tibau do Sul possui arrecifes que barram as ondas proporcionando águas calmas para se tomar banho e nadar. Uma maravilha para quem quer tranquilidade.
A praia de Barreta já era conhecida por mim, pois fui, em anos anteriores, atrás das suas dunas para explorá-las. Nesta aventura fiquei em uma casa alugada para os meses de janeiro e fevereiro de 2017 e de lá dei seguimento as minhas caminhadas, primeiro para Tabatinga e, na sequência, para Tibau do Sul.
Para Tabatinga saí de casa por volta das sete da manhã quando a maré estava secando. Com a maré cheia teria dificuldades em alguns trechos, pois o mar avançou muito, mesmo com a proteção dos arrecifes, e se choca com as muradas de pedras de algumas casas que teimam em vencer a natureza. A caminhada é tranquila tendo como companhia constante os arrecifes, algumas vezes com pequenas quantidades de lâmina de água. Tem um ponto explorado turisticamente neste trecho que é a Pedra Ôca (ver imagem no álbum). Simplesmente um trecho de arrecife que foi escavado pela força da maré formando algo parecido com uma caverna, só visível e visitável quando a maré está seca ou próxima disso. No decorrer da caminhada muitas casas de praias, a maioria fechada, algumas já derrubadas pelo avanço do mar, e nada de dunas ou região com vegetação dunar que pudessem ser exploradas, embora tivesse por trás da faixa litorânea, distante da praia densamente povoada de residências, resorts e bares,  restos de mata atlântica visível. A parte mais interessante é justamente quando se chega ao trecho de falésias de Tabatinga, mas mesmo aí, quando verificamos o extremo da falésia tomado por habitações jogando lixo e esgoto diretamente no mar, a tristeza nos abate, apesar de saber que o mar um dia os expulsará derrubando suas construções. Estando a maré ainda cheia não será possível dar a volta no extremo da falésia de Tabatinga, pois as ondas ficam quebrando sobre as pedras e a caminhada se torna perigosa, mas, estando seca, é possível chegar até o início da praia de Tabatinga onde o surf é praticado. Nas três vezes que fui para lá partindo de Barreta o mar estava muito balançado e sem ondas de qualidade. O trecho de caminhada tem cerca de sete quilômetros e o extremo, marcando o início da falésia tem uma formação rochosa que chama a atenção por se parecer com um gorila, na minha percepção claro! Apesar de trechos que possibilitam banhos agradáveis, pois não têm ondas nem correnteza, gostei mais do lado de Tibau de Sul devido às dunas e regiões ainda sem habitações e aglomerados humanos. A caminhada para o lado de Tibau de Sul será assunto do próximo post sobre aventuras.
O álbum abaixo mostra imagens do trecho caminhado, da Pedra Ôca e da Pedra Gorila citados no texto, bem como uma imagem do Google Earth mostrando a trajetória percorrida.

BARRETA-TABATINGA

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