HIPÁCIA DE ALEXANDRIA

Neste mês de março se comemora no dia 08 de março o dia internacional da mulher. Esta data está relacionada com o dia em que ocorreram manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida, trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Para deixar registrado esta data, mesmo que um pouco atrasada, o blog mostra um resumo da vida de uma das maiores matemáticas que se tem notícia e que pagou com a vida por não se deixar levar pela ignorância.

Hipácia nasceu em Alexandria, cidade do Egito, construída por Alexandre da Macedônia ( clique aqui para saber mais sobre Alexandre , o grande ), por volta de 370 a.C.. Esta cidade foi durante muito tempo um local de peregrinação para quem buscava o saber e na sua fase mais positiva, teve Hipácia como aluna, professora e diretora da Academia, uma espécie de universidade naquele tempo. Teve um pai também filósofo, matemático, astrônomo e também professor da Academia, que lhe preparou para ser a grande mulher que foi. Ainda jovem foi aprender e ensinar na Academia Neo-platônica em Atenas, ao retornar sua fama já era grande o bastante para ser reconhecida inclusive pelo império romano a quem o Egito pertencia. Realizou inúmeros trabalhos na área da matemática e astronomia, que infelizmente foram destruídos pela perseguição a sua pessoa e pela destruição da biblioteca de Alexandria. Era muito requisitada para resolver problemas administrativos e desafios na área de matemática e astronomia apresentados por colegas da própria cidade e de outros lugares. Pela sua dedicação ao estudo e à pesquisa, abdicou de constituir família e fazia questão de se dizer não seguidora de nenhuma religião e casada com a verdade, fato que se tornou muito perigoso a partir do momento que um bispo da religião católica ortodoxa local, Cirilo, adquiria poder a ponto de incitar perseguições e mortes pelos adeptos. Numa volta para casa, saindo da Academia que presidia, foi tomada pelos seguidores do bispo que a levaram para uma igreja onde a torturaram e a retalharam, jogando as partes no fogo. Seu único "pecado" - ser pagã, não acreditar no que seus perseguidores acreditavam. Após este incidente, a maioria dos pesquisadores e professores abandonaram Alexandria em busca de novos lugares onde houvesse luz e não trevas e ignorância. Alexandria acabou como centro de ciência e cultura, primeiro com incêndios que destruíram a biblioteca e segundo com as perseguições às obras e escritos dos pagãos patrocinada pelo bispo Cirilo, hoje canonizado como "São Cirilo" e promovido a "Doutor" da igreja. Abaixo uma imagem retirada do site Café  História, onde se pode saber mais detalhes desta grande mulher.   

Imagem retirada do site Café História.
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