segunda-feira, janeiro 20, 2014

VOLTANDO À ZUMBI



Nestas férias escolares, reduzidas devido a toda poderosa Copa do Mundo de Futebol, aproveitei para rever o litoral norte, especialmente as dunas de Pititinga e Zumbi.
Durante uma caminhada para a praia de Rio do Fogo encontrei uma tartaruga ( Chelonia mydas? ) sem cabeça deixada pela maré que secava. Possivelmente tenha sido atacada por tubarões, um dos seus predadores. Na praia, já atraia os urubus, que sobrevoavam próximo se deleitando com o banquete. O objetivo ao caminhar para o lado de Rio do Fogo era encontrar os cajus que existiam por lá e registrar fotos dos aerogeradores da usina eólica com maior proximidade. E realmente encontrei os frutos, bem próximo dos aerogeradores, tudo registrado no álbum abaixo. No ano passado, quando passei uns dias por lá, não consegui encontrar os cajueiros e as fotos dos aerogeradores foi de longe e a partir de Zumbi. As novas foram retiradas do lado de Rio do Fogo e acrescentadas no álbum sobre a usina eólica disponível abaixo e no post sobre a aventura em Rio do Fogo ( aqui ).
Na praia de Zumbi o rio Punaú continua sendo agredido intensamente pelos 4x4. Eles atravessam o rio arrancando restos de vegetação que dão suporte às margens e deixando lixo na área. Claro que os verdadeiros culpados não são os veículos, mas sim seus condutores e passageiros “bem educados” e financeiramente bem dotados. Até mesmo um antigo projeto de recuperação da mata ciliar com plantio de mudas de plantas nativas, que já sofre pelo abandono, tem as poucas restantes atropeladas e arrancadas pela turba dos 4x4 ( ver fotos no álbum abaixo ), comprometendo o futuro daquele rio tão importante para o turismo da região e como fonte de água para abastecimento de comunidades e irrigação. Infelizmente as autoridades estão omissas, talvez quando a destruição ambiental for notícia nacional, tomem alguma medida que minimize essa agressão irresponsável.
As dunas de Zumbi continuam crescendo e se movimentando, apesar de um hotel local estar se aproveitando da incompetência dos órgãos ambientais e explorando os quadriciclos e bugres pela área sem respeitar limites. Mais alguns anos e o rio terá seu trajeto mudado pela ação das dunas em movimento e pela ação da maré ao aumentar seu nível. Talvez o próprio hotel termine sendo engolido por esse avanço das dunas e maré. A resposta da natureza a essas agressões tarda, mas não falha. Exemplos estão aí para quem quiser ver né?!
Aproveitei para dar uns drops ( descidas ) nas dunas próximas do hotel, cuidando para não ser atropelado pelos veículos que trafegam por lá, e também nas dunas de Pititinga. Para os mais apressados que acham que este esporte é tão destrutivo quanto os 4x4 e assemelhados, erram feio. As caídas nestas dunas acontecem com raridade e mudam de lugar a cada descida, favorecendo a recuperação pelo vento sempre intenso, sem contar que a vegetação não é destruída pelo sandboard e em período de chuvas não dá para descer, pois a areia molhada amarra a prancha. A adrenalina do esporte acontece nas dunas com apenas areia seca e fofa, de preferência altas.
Abaixo o visual após o Sol se pôr em Zumbi, um espetáculo a parte, não sei por quanto tempo, e os álbuns com fotos da aventura no ano passado atualizados com as registradas nesta visita recente.


Para ver os álbuns de fotos clique em Rio de Fogo,
Rio Punaú, Dunas de Zumbi e Parque Eólico.

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