Nestas férias escolares, reduzidas devido a toda poderosa
Copa do Mundo de Futebol, aproveitei para rever o litoral norte, especialmente
as dunas de Pititinga e Zumbi.
Durante uma caminhada para a praia de Rio do Fogo encontrei
uma tartaruga ( Chelonia mydas? ) sem cabeça deixada pela maré que secava.
Possivelmente tenha sido atacada por tubarões, um dos seus predadores. Na praia,
já atraia os urubus, que sobrevoavam próximo se deleitando com o banquete. O
objetivo ao caminhar para o lado de Rio do Fogo era encontrar os cajus que
existiam por lá e registrar fotos dos aerogeradores da usina eólica com maior
proximidade. E realmente encontrei os frutos, bem próximo dos aerogeradores,
tudo registrado no álbum abaixo. No ano passado, quando passei uns dias por lá,
não consegui encontrar os cajueiros e as fotos dos aerogeradores foi de longe e
a partir de Zumbi. As novas foram retiradas do lado de Rio do Fogo e
acrescentadas no álbum sobre a usina eólica disponível abaixo e no post sobre a
aventura em Rio do Fogo ( aqui ).
Na praia de Zumbi o rio Punaú continua sendo agredido
intensamente pelos 4x4. Eles atravessam o rio arrancando restos de vegetação
que dão suporte às margens e deixando lixo na área. Claro que os verdadeiros
culpados não são os veículos, mas sim seus condutores e passageiros “bem
educados” e financeiramente bem dotados. Até mesmo um antigo projeto de
recuperação da mata ciliar com plantio de mudas de plantas nativas, que já sofre
pelo abandono, tem as poucas restantes atropeladas e arrancadas pela turba dos
4x4 ( ver fotos no álbum abaixo ), comprometendo o futuro daquele rio tão
importante para o turismo da região e como fonte de água para abastecimento de
comunidades e irrigação. Infelizmente as autoridades estão omissas,
talvez quando a destruição ambiental for notícia nacional, tomem alguma medida que
minimize essa agressão irresponsável.
As dunas de Zumbi continuam crescendo e se movimentando,
apesar de um hotel local estar se aproveitando da incompetência dos órgãos
ambientais e explorando os quadriciclos e bugres pela área sem respeitar
limites. Mais alguns anos e o rio terá seu trajeto mudado pela ação das dunas
em movimento e pela ação da maré ao aumentar seu nível. Talvez o próprio hotel
termine sendo engolido por esse avanço das dunas e maré. A resposta da natureza
a essas agressões tarda, mas não falha. Exemplos estão aí para quem quiser ver
né?!
Aproveitei para dar uns drops ( descidas ) nas dunas
próximas do hotel, cuidando para não ser atropelado pelos veículos que trafegam
por lá, e também nas dunas de Pititinga. Para os mais apressados que acham que
este esporte é tão destrutivo quanto os 4x4 e assemelhados, erram feio. As
caídas nestas dunas acontecem com raridade e mudam de lugar a cada descida,
favorecendo a recuperação pelo vento sempre intenso, sem contar que a vegetação
não é destruída pelo sandboard e em período de chuvas não dá para descer, pois
a areia molhada amarra a prancha. A adrenalina do esporte acontece nas dunas
com apenas areia seca e fofa, de preferência altas.
Abaixo o visual após o Sol se pôr em Zumbi, um espetáculo a
parte, não sei por quanto tempo, e os álbuns com fotos da aventura no ano passado atualizados com as registradas nesta visita recente.
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