A aventura anterior foi em Jacumã, a deste post será sobre
as caminhadas realizadas de Jacumã para Maxaranguape e para Pitangui.
A caminhada para Maxaranguape a partir de Jacumã, onde
estava passando o verão, foi bem tranquila. Já sabia que não haveria dunas para
lá e fui apenas para explorar o litoral. Saindo de Jacumã na maré seca pela
manhã, passei pelo litoral de Porto Mirim e logo em seguida a praia de Muriú.
Na época, início da década de 1990, essas praias eram muito tranquilas, mesmo
no verão, hoje, com as pousadas, resorts e o turismo, estão pagando o preço da
falta de preparação para esta mudança radical. Numa visita atual realizada com
a XLR 125 pela estrada pude observar que a orla de Muriú já sofre com o avanço
do mar sobre construções que não respeitaram seus limites ( álbum abaixo ).
Nesta caminhada não cheguei até o rio Maxaranguape, mas próximo o bastante para
visualizá-lo. As praias de águas calmas na maré seca possibilitavam um banho
tranquilo e uma caminhada agradável, principalmente pela ausência de uma praga
tão comum hoje em dia em nosso litoral – o tráfego de veículos 4x4 , bugres e
agora também os quadriciclos e motos. Logo logo teremos que ter passarelas para
poder chegarmos à beira da praia e tomarmos um banho. Coisa de país sem educação.
A caminhada para o sul no sentido de Pitangui foi mais
interessante e proveitosa devido às dunas que lá existem. Foram várias
caminhadas indo até a praia de poucas ondas, embora tenha observado alguns
teimosos tentando surfar as merrecas por lá. A fissura devia estar grande. O
objetivo era sempre as dunas com muita vegetação, incluindo os gostosos cajus,
que abundavam por lá em janeiro. Na época não havia trânsito exagerado de
bugres, hoje, além deste e de outros veículos, também criaram uma escola nas
dunas, e várias cercas agora limitam o acesso. A fama da praia atrai estas
modernidades, fazer o quê?!
Não sei como estão hoje, mas no início da década de 90 (
1992? ) quando andei por lá explorando as dunas, elas eram altas e
possibilitavam drops insanos e muitas manobras, tudo no maior sossego. Teve
dias que voltava já de noite usando apenas a iluminação das estrelas e, numa
dessas voltas, quase piso numa aranha caranguejeira preta e peluda maior que
meu pé número 39 ( bom, mais ou menos né, à noite, cansado e com fome, as
coisas podem estar exageradas, mas com
certeza era grande, hehehe ). Para chegar até as dunas não precisava passar
pelo núcleo habitacional da praia, pois já próximo se desviava para o interior
em busca delas, hoje está bem diferente devido ao grande número de residências,
pousadas, resorts e cercas limitando o acesso, sem contar a estrada asfaltada
acompanhando o litoral.
Com relação às lagoas em Pitangui, embora soubesse de sua
existência, em nenhuma das minhas caminhadas para aqueles lados, cheguei perto
delas e, até mesmo quando passei por lá em junho do ano passado, tive interesse
de chegar perto, apenas registrei fotos a partir da pista.
A distância percorrida nestas caminhadas foram de 9
quilômetros no sentido de Maxaranguape partindo de Jacumã e de 6 quilômetros no sentido de Pitangui
aproximadamente. Claro que se contabilizar ida e volta e as várias vezes que
caminhei num sentido e noutro os valores serão bem diferentes. Como dizem
alguns que me conhecem – Esse cara só pode ser doido!. A próxima aventura será
a partir de Jenipabú, mas isso será assunto para outro post.
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Clique aqui para ver o álbum da aventura.
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