No post sobre a batalha de Agincourt vencida pelos ingleses ( aqui ), vimos que os franceses, apesar dos reveses que se seguiram, iriam retomar os territórios perdidos e unificar a França. Uma figura mistica contribuiu em muito para isso - Joana D'Arc.
Guiada por vozes de são Miguel, santa Margarida e santa Catarina que dizia ouvir desde os treze anos, abandona sua aldeia natal, Domrémy na Lorena, com apenas dezessete anos, analfabeta e pobre, para encontrar o príncipe herdeiro do trono, Carlos VII. Essas vozes diziam que ela iria liderar um exército para livrar Orléans do cerco inglês e coroar o herdeiro na Catedral de Notre-Dame em Reims, como mandava a tradição. O ano era 1429 e a França se encontrava bastante debilitada, com um rei fraco e com o exército desmotivado devido às conquistas de ingleses e borgonheses aliados na Guerra dos Cem Anos. O aparecimento dessa personagem resgatou a coragem dos franceses em busca da retomada dos territórios e de uma França forte e unida.
Segundo alguns relatos, seu encontro com o príncipe foi estranho, pois ele se encontrava disfarçado entre os integrantes da corte e ela, sem conhecê-lo, encontrou-o após uma busca e conseguiu dele um exército de sete mil homens. A garota de apenas dezessete anos, que nunca tinha montado um cavalo, agora montava um branco, vestida com uma armadura preparada especialmente para ela e armada com uma espada e um estandarte branco com imagens religiosas.
A batalha de Orléans durou quase seis meses tendo do lado dos franceses, além dos soldados, cidadãos armados que se aliaram ao exército liderado pela donzela guerreira que ouvia vozes. O total do lado francês eram cerca de 10 mil indivíduos, tendo morrido cerca de 2 mil. Do lado inglês, de 5 mil soldados, 4 mil morreram.
Após a vitória nesta primeira batalha, seguiram-se outras também importantes para levantar o ânimo dos franceses e a fama da donzela, que possibilitaram realizar a coroação do príncipe na Catedral de Notre-Dame, como previsto pelas vozes ouvidas por Joana D'Arc.
Durante a batalha para libertar Paris, Joana D'Arc, sem o apoio do rei que ajudou a coroar, foi capturada pelos ingleses, julgada e condenada pelo tribunal da Inquisição como bruxa, além de outras acusações. Foi queimada na fogueira com apenas 19 anos e suas cinzas jogadas no rio Sena. No entanto, vinte anos após sua condenação, o Papa Calisto III considerou inválido seu processo, resgatando sua honra e fé religiosa, tanto que foi canonizada pela igreja católica em 16 de maio de 1920. É também a padroeira da França.
Apesar do revés ocorrido em Paris, os franceses conseguiram unificar seu território e vencer os ingleses nessa guerra centenária.
Para saber mais sobre esta personagem clique aqui. Abaixo o trailer do filme Joana D'Arc, baseado no livro com o mesmo título.
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