Notícia no site do Ministério da Defesa ( clique aqui para ler ) informa que a Base Comandante Ferraz na Antártica, onde são realizadas pesquisas científicas, terá um motogerador movido a álcool combustivel, o mesmo utilizado nos veículos por aqui. O álcool combustível tem 96% de álcool e 4% de água, já o anidro com 99,5% de álcool e 0,5% de água é usado como aditivo na gasolina e diesel. O motogerador foi desenvolvido pela VSE, uma empresa da Vale e do BNDES. A propaganda diz que o combustível é limpo e não polui. O problema é que até chegarmos ao álcool, precisamos plantar cana-de-açúcar em áreas extensas, usar mão de obra mal remunerada, mal equipada e às vezes em regime de escravidão, usar na colheita as queimadas e ainda temos os problemas durante a fase de transformação. Quem mora próximo de usinas, sabe que das chaminés não saem coisas agradáveis. Já existe uma lei que pretende eliminar as queimadas até 2014, resta saber se ela vai ser cumprida e fiscalizada. Existe ainda um outro problema que é o valor econômico. Os usineiros, de acordo com o mercado, vão produzir mais o que tiver melhor preço, se for o açúcar, e é o que acontece hoje, é este produto que irá ser produzido em maior quantidade, ficando o álcool em segundo plano. Os incentivos fiscais dados aos usineiros, montadoras e para quem comprou carro flex, como forma de incentivar a produção e o consumo, vão para o lixo.
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