quinta-feira, janeiro 30, 2014

TROCANDO DE AMORES



Para um surfista verdadeiro, a prancha estará sempre em primeiro lugar, muitas vezes até a namorada ou esposa é deixada em segundo plano mesmo sofrendo punições pesadas, mas se o mar tiver de gala, dá para aguentar. O dilema maior é quando se troca a prancha depois de tantas aventuras boas e ruins ( perrengues ). Os tecos ( trincas e quebras ), as baixas ( batidas que alteram a superfície da prancha ), cada um deles e delas com uma história por trás, cobram de você o sentimentalismo comum entre o surfista e sua prancha. Mas chega um tempo em que a substituição é inevitável, pois a prancha se desgasta muito rapidamente pelo uso cotidiano e pela radicalidade do dono ao surfar. O momento da troca depende muito do proprietário e do estado da prancha. Alguns com um boa estrutura financeira podem se dar ao luxo de mantê-las guardadas em locais adequados em suas residências, para outros, no entanto, isso não é possível, é o meu caso. Não é a primeira prancha que troco e, espero, não será a última, contudo, sempre que vou adquirir uma nova as lembranças do que passei com a antiga me vêm à mente. Foram momentos bons e ruins que marcaram o período de 2010 até cinco dias atrás, quando a doei para um surfista iniciante da Vila de Ponta Negra, mas totalmente esquecidos, pois já no segundo dia com a nova prancha, o mar de Ponta Negra quebrou de gala ( começou dia 27 e continua até hoje rolando boas ondas ), indicando que a nova companheira tem astral positivo. Foram dias de ondas boas pela manhã e a tarde com vento reduzido, dando para fazer a cabeça e testar o potencial da nova prancha.  
Ano novo, prancha nova, Lua em fase nova e começando com boas ondas, esperando que sejam mais frequentes neste ano de 2014, afinal as perspectivas desse novo amor são grandes... Pelo menos até a próxima troca né?! 

O novo amor à esquerda.

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