A história do Império Romano passa necessariamente pelo
personagem mais importante e famoso, que possibilitou Roma chegar aonde chegou
– Júlio César. Este general que ampliou os domínios de Roma para a Espanha,
Gália ( França e Bélgica hoje ) e África incluindo aí o Egito com a rainha
Cleópatra, tem sua história marcada por um traidor – Brutus. Este, que foi um
dos generais participantes das suas grandes conquistas e também seu enteado, o traiu duas vezes. Na primeira vez se aliou
ao ditador e general Pompeu, que dominava Roma com o apoio do senado. Pompeu,
em conluio com o senado, exigiu o retorno da Gália de César sem a companhia de
suas legiões. O motivo era receio do
poder e fama adquiridos após tantas conquistas. Foi contra esta decisão que
César e suas Legiões partiram para Roma em busca de retomar o poder de Pompeu.
Ao saber da proximidade das legiões de César, Pompeu e alguns senadores abandonaram
Roma e foram para a Grécia reunir as legiões que lhes apoiavam e se prepararem
para o confronto.
Foi após a chegada em Roma que Brutus abandonou César e
partiu para a Grécia em busca de Pompeu e suas legiões. O motivo teria sido a
escolha de Marco Antônio, um dos seus generais, assim como Brutus e Otaviano,
para governar Roma. Os outros generais e aliados como Brutus e Otaviano seriam
muito importantes na guerra que seria travada contra Pompeu. Brutus não teve
conhecimento deste critério e, insatisfeito, resolveu abandoná-lo indo para o
outro lado em busca de poder e glória. No confronto final as legiões de Pompeu
foram derrotadas, mas ele sobreviveu apesar de muito ferido. Foi encontrado e
apresentado a César, que o perdoou apesar dos demais generais não estarem de
acordo, principalmente Otaviano, futuro imperador romano.
Depois de conquistado o poder total do império, sem ser
ainda imperador, César teve o herdeiro que ansiava, e com a rainha Cleópatra por
quem se apaixonara. Este herdeiro, Ptolomeu Cesário, não foi muito bem aceito
por membros do senado, que já estavam bem descontentes com a perda de poder e
importância e, em conluio com Brutus, armaram uma cilada para César dentro do
próprio senado, levando a seu assassinato após 23 estocadas com adagas, tendo
sido a última e fatal efetuada por Brutus. César, ao avistá-lo, desistiu de
lutar e triste, esperou o golpe mortal dizendo a famosa frase: “Até tu Brutus!”
A morte de César abriu espaço para uma disputa pelo poder,
tendo Marco Antônio e Otaviano como cabeças. O primeiro, aliado com Cleópatra
de quem se apaixonou, foi derrotado e morto, já Otaviano, que era o herdeiro de
César antes do filho com Cleópatra, mandou matá-lo e assumiu o poder iniciando
a dinastia dos Césares, famosos pelos hábitos nada civilizados, como Tibério,
Calígula e Nero para citar alguns.
O traidor e os membros do senado que participaram do
assassinato de César não tiveram muito que comemorar. Dois anos depois Brutus tentou
tomar o poder e foi derrotado pelas legiões de Otaviano e Marco Antônio. Para
evitar a prisão preferiu suicidar-se.
Para quem quiser saber mais, a série escrita por Conn
Iggulden – O Imperador – é uma excelente pedida para essas férias. São quatro
volumes contando esta história das traições ( volume 4 ) e muito mais sobre a
formação do império romano e em particular a de Júlio César.

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