Durante minha estada em Mossoró, quando lecionei na
escola Dom Jaime, adquiri um cavalo a quem dei o nome de Rockpile, retirado de
uma matéria da revista Fluir sobre as praias do Hawai. Passei esses anos ( cinco
) fazendo cavalgadas pelas estradas de barro e áreas próximas de onde deixava o
cavalo – um sítio da família de um aluno. Foram muitas cavalgadas, com arreios
e sem arreios, principalmente para o distrito próximo chamado de Passagem de
Pedras, onde fica uma barragem do rio Mossoró. Foi lá também onde participei
de uma brincadeira numa pista de vaquejada correndo como esteira ( tentando
hehehe ). Esteira auxilia o puxador na condução do boi e entregando o rabo para
a derrubada.
Gostava de acompanhar alguns colegas conduzindo
gado e esse gosto levei também para
Acari e Santana do Seridó quando trabalhei nessas cidades, montando outros
cavalos. Mas o gosto por assistir vaquejadas terminou em uma ocasião, ainda em
Mossoró, quando presenciei em um bolão ( vaquejadas em pistas improvisadas ) um
vaqueiro puxador embriagado maltratando o cavalo por este ter refugado na
corrida para o boi. O cavalo foi esporeado e jogado em cima do arame farpado,
como se já não bastasse o focinho sangrando por uma parte dos arreios chamada
de “professora”. Dava para a gente sentir o sofrimento e aflição do animal, que
não teve culpa nenhuma, pois o vaqueiro, embriagado, não estava montando como
devia, deixando o cavalo sem entender o que era para fazer. Ainda quis ir lá
para tentar evitar mais sofrimento para o animal, mas os colegas me impediram
dizendo que iria ser pior, pois o “bicho humano” andava armado. Me senti péssimo naquele
lugar, não esperei o final e, a partir desse dia, nunca mais fui a uma vaquejada. Até mesmo o prazer da montaria foi
diminuindo com o tempo principalmente pelo uso da “professora” que ficava
ferindo o focinho do cavalo.
Quando sai de Mossoró vendi Rockpile para um
pessoal amigo, que cuidou muito bem dele e, apesar das duas quedas que sofri quando
ele se assustou e parou de repente, me jogando por cima do pescoço – haja bunda
hehehe -, guardo boas lembranças, principalmente das cavalgadas para Passagem
de Pedras em noites de Lua cheia. Abaixo tem uma imagem da saída para um passeio
e o caminho da casa onde morei para o sítio – feito de bike – e do sítio para
Passagem de Pedra montando Rockpile.
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