Em plena conferência pelo meio ambiente no Rio de Janeiro ( RIO+20 ), uma matéria publicada no site da revista Ciência Hoje dá conta de um desastre ocorrido na costa do Peru, em novembro do ano passado, onde apareceram mortos 887 golfinhos e 500 pelicanos. Embora tenha tido alguma repercussão na nossa mídia, mas não com a devida intensidade que o fato exigiria, pois apareceram apenas notas em algumas páginas da internet, o desastre até hoje não tem uma explicação oficial por parte do governo peruano. O interessante é que na área estão sendo feitos testes para exploração de petróleo que utilizam sonares de profundidade. Estes testes são como disparos de explosivos no pé do ouvido. A empresa se preocupou em retirar pessoas e barcos de áreas próximas, mas peixes, golfinhos, baleias e pelicanos não são tão importantes quanto o petróleo, então podem morrer, sofrendo pouco ou muito, não importa, pois o ouro negro vale mais.
Por que é importante este assunto? Porque o arquipélago de Abrolhos, área conhecida internacionalmente como de maior biodiversidade do atlântico sul, será explorada pela empresa petrolífera de propriedade de Eike Batista. Nesta área é comum a presença de baleias jubarte além de outras espécies que só existem por lá. Valerá a pena alterar uma área como essa, além de atingir espécies marinhas e terrestres, para ter mais petróleo e dinheiro?, na minha opinião não. Esperemos que a RIO+20 consiga conscientizar e modificar fatos como este, não se tornando mais uma piada brasileira, como a que se conta todo o dia com relação à corrupção neste país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário